Em Rosário, Dia de Campo sobre Oleaginosas Regionais fortalece saberes e práticas da agricultura familiar na Bacia do Munim

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13/10/2025

No último sábado (11), o povoado Riacho Seco, em Rosário, sediou o Dia de Campo - Oleaginosas Regionais da Bacia do Munim, um encontro voltado à valorização dos saberes, práticas sustentáveis e tecnologias relacionadas às plantas oleaginosas cultivadas e utilizadas pelas comunidades da região.

A atividade foi uma devolutiva do estudo realizado em Rosário e em outros municípios da região sobre os usos e processos ligados às oleaginosas, com destaque para a andiroba, além de espécies como babaçu, buriti, juçara, macaúba, pequi e mangaba. O levantamento envolveu a Investigação dos conhecimentos tradicionais que envolveu mulheres, unidades familiares, revelando a importância social, econômica e ambiental dessas plantas e produtos na vida rural maranhense.

O evento promoveu diálogo, troca de experiências e integração entre agricultoras, agricultores familiares, extensionistas e pesquisadoras, destacando a relevância das oleaginosas na geração de renda, na conservação ambiental e na valorização da sociobiodiversidade local.

O Dia de Campo também contou com estações temáticas, abordando práticas de manejo sustentável, conservação ambiental e troca de sementes, reforçando o papel da extensão rural e da pesquisa agropecuária na promoção do desenvolvimento local e no fortalecimento da agricultura familiar.

A iniciativa foi uma promoção da AGERP, por meio da Coordenação de Pesquisa em Materiais, Processos e Tecnologias para Agricultura Familiar, e contou com a parceria da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento de Rosário, da Cooperativa de Agricultores e Agricultoras Familiares e Economia Solidária de Rosário (COOAFASER) e do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município.

Durante o evento, a pesquisadora Marluze Pastor, integrante da equipe de Pesquisa da AGERP, destacou a importância do levantamento realizado sobre as oleaginosas para o fortalecimento da agricultura familiar e a valorização dos saberes tradicionais. Segundo ela, o estudo representa um avanço significativo na integração entre ciência, pesquisa aplicada e conhecimento das comunidades rurais.

“O estudo contribui para o aperfeiçoamento de produtos, o desenvolvimento de novas formulações e o fortalecimento do acesso das comunidades às políticas públicas, como a Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPMBio), ampliando as oportunidades e a valorização das oleaginosas regionais”, explicou Marluze Pastor.